Liberalizacao de sementes em Mocambique
DIRECÇÃO DE FORMAÇÃO, DOCUMENTAÇÃO E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS
RELATÓRIO DE PESQUISA
LIBERALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES EM
MOÇAMBIQUE
Por: Tomás A. Sitoe1
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IIAM/Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias – Investigador do CESE. Email: sitoetoms@yahoo.com
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Resumo
O presente estudo de natureza qualitativa procurou diagnosticar o sub-sector de semente básica, tendo em vista analisar as implicações da liberalização do mercado de sementes no país. As principais constatações são as seguintes:- a entrada de novas empresas de sementes veio dinamizar o processo de produção de semente no país. A produção de semente passou de 3,500 toneladas em 2002 para cerca de 6,000 toneladas/ano em 2010. No entanto, a quantidade de semente produzida ainda não satisfaz as necessidades de semente no país. O Estado é o maior cliente das empresas de semente; no entanto, a intervenção do Estado no mercado de sementes não estimula o desenvolvimento do mercado e da percepção dos produtores em relação ao valor da semente. Existe um interesse das empresas partirem para a produção de semente básica como forma de contribuir para falta de semente básica de qualidade no país.
Recomenda-se: (i) a melhoria da capacidade técnica e de gestão do IIAM/USEBA por forma a que este cumpra com eficácia a sua missão; (ii) o alinhamento dos investimentos em curso para aquisição de equipamentos, reabilitação dos sistemas de rega e de armazenamento e modernização das estações de acordo com as prioridades de desenvolvimento do sector agrário; (iii) o desenvolvimento de parceiras entre o
IIAM/USEBA e as empresas comerciais de sementes. A subcontratação de empresas comercias para a produção não deve ser um fim, mas um meio para resolver a falta de semente de qualidade no país. Maior protagonismo das empresas iria permitir maior competitividade entre as empresas e o desenvolvimento de estratégias