Leyla Perrone
Continuei a escrever no Suplemento de O Estado de S. Paulo, que agora é um
O Suplemento Literário tinha colunas fixas: "Letras inglesas", "Letras alemãs", "Letras italianas", "Letras francesas". Quem fazia as letras francesas era o Brito Broca, magnificamente, com toda a erudição dele. Aí, faleceu o Brito Broca. Décio de Almeida Prado teve uma grande coragem, porque me telefonou e me perguntou se eu queria assumir aquela coluna. Fiquei absolutamente apavorada. Como poderia substituir o Brito Broca? Aí foi uma mudança total, inclusive da coluna "Letras francesas". Brito Broca era um erudito, um profundo conhecedor da história da literatura brasileira e da literatura francesa. Eu comecei a falar das coisas da atualidade da França, principalmente do nouveau roman. Logo em seguida, isso se ligou ao desenvolvimento da teoria literária na França, nos anos de 1960. E essas coisas interessavam aos intelectuais e escritores brasileiros.
Tive a satisfação de ouvir, de alguns grandes escritores, que eles liam meus artigos sobre o novo romance, e que isso foi importante para eles. Por exemplo, o Osman Lins me