Levantamento de seio maxilar – técnicas cirúrgicas
1 INTRODUÇÃO
A ausência parcial ou total de dentes resulta em deficiência funcional do sistema estomatognático, também influindo negativamente na estética e no convívio social do indivíduo. O sucesso clínico dos implantes osseointegrados gerou um grande aumento de seu uso em todo mundo, sendo que os percentuais de sucesso atingem 93% para implantes mandibulares e 84% para os maxilares em estudos de 15 anos de acompanhamento realizados por Bränemark (1985). A maxila sofre, após a perda dos dentes, alterações estruturais progressivas, como diminuição da densidade óssea, pneumatização dos seios maxilares e reabsorção do rebordo alveolar na direção vestíbulo-palatina e vertical, limitando ou impedindo a instalação de implantes para posterior reabilitação protética. Diante disso, a reabilitação com implantes na região posterior da maxila representa, ainda, um desafio à Implantodontia. Para as reabilitações da maxila o implantodontista tem ao seu dispor inúmeras alternativas, bem como variadas técnicas cirúrgicas, que vão desde uma simples reabilitação com prótese fixa, até seu restabelecimento com enxertos ósseos e, posteriormente, instalação de implantes osteointegrados (NARY- FILHO; PADOVAN, 2008). A partir desse contexto, há necessidade de estudos continuados sobre esse tema, por tratar-se de um assunto com relevância clínica para a instalação de implantes dentais endósseos. A região maxilar posterior edêntula apresenta condições únicas e desafiadoras em cirurgia e implantodontia, comparadas às outras regiões dos maxilares. Pode-se afirmar que a técnica de levantamento de seio maxilar tem sido uma excelente opção para tratamento de desdentados posteriores. O Dr. Hilt Tatun (1975) introduziu a técnica do aumento da altura e preenchimento parcial do seio maxilar, colocando o osso como material de enxerto no assoalho por debaixo da membrana sinusal. Foi descrito em