Resenha da obra "história da riqueza do homem"
Resenha da obra "HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM" de Leo Huberman - 10ª Edição Brasileira de 1974 publicado pela Zahar Editores, baseado na tradução da 3ª Edição publicada em 1959 pela Monthly Review Press, Nova York, E.U.A.
Autor: Francisco Lourenço da Silva
Engenheiro Civil e Mestre em Administração
Na estrutura político e social do período medieval os meios de produção eram totalmente baseados no que vinha da terra, sendo considerado homem rico quem dispunha de terras aráveis de modo que os outros produtos que não fossem oriundos da agricultura eram de pouco valor. Desta forma, a divisão das terras aráveis se dava entre as elites através do conceito de vassalagem que implicava em direitos e deveres baseados nos costumes dos feudos, onde todas as propriedades eram do Rei. Porém este arrendava suas terras em partes aos Duques e estes por sua vez a arrendavam aos Condes e esses aos Senhores Feudais que novamente arrendavam aos Servos que eram os responsáveis finais por trabalharem a terra.
A Nobreza e os Senhores Feudais tinham compromissos econômicos e militares entre si e o Servo era o que servia a todos com seu trabalho nas terras e como soldados quando solicitados e os feudos tinham também como características a sua divisão em três parcelas de terra, onde era praticado o rodízio de culturas com um período de descanso. Cabia aos Servos além de trabalharem na terra a eles destinada também cultivarem a de seu senhor e a ele prestar todos os serviços que necessitasse em troca do direito de proteção e ocupação de uma área para cultivo próprio.
Outro polo importante de poder além da Nobreza era a Igreja Católica, detentora da maior parcela de terra principalmente através de doações e cobrança do dizimo, atuando da mesma maneira que os Senhores Feudais em relação à administração de seus bens. Dessa forma a sociedade medieval era composta por três elementos fundamentais:
• A Igreja responsável por cuidar das necessidades espirituais e assistênciais;
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