RESENHA EUCLIDES DA CUNHA: A obra Á margem da história
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CUNHA, Euclides da. A obra Á margem da história, foi publicado após sua morte, teve como incentivador para sua publicação o seu amigo Coelho Lello, que editor e publicou o livro na Editora Lello, em Portugal. O livro reuni o melhor dos estudos dedicado a Amazônia, ficando bem nítido, a constante personalidade cultural de Euclides, o cultor da língua, o ensaísta, o “humanista” brasileiro, com um vocabulário riquíssimo, técnico e profissional. O livro compõe-se de quatro partes, dentre elas abordarei nesta resenha a 1ª parte, a qual tem como titulo: Na Amazônia, Terra sem história, a qual aborda os aspectos da região naquela época, dentre ela a questão geográfica, a figura do seringueiro ou nordestino ou sertanejo, que chega na região do Acre e Amazônia em busca de melhores condições de vida, o qual é introduzido em seu pensamento que a Amazônia é naquele momento uma paraíso de grandes riquezas, mas ao chegar as sua realidade é outra, o qual é enganado, sendo explorados pelos seus patrões, através do endividamento que já lhe acompanhava desde da sua viagem quando saiu de sua terra, nos barracões e casas aviadoras. O autor de forma panorâmica, ressalta o sofrimento desse individuo quando saem de suas terras e vem para à Amazônia. “A Amazônia selvagem sempre teve o dom de impressionar a civilização distante”( Cunha,p.9, 1999).
O autor faz uma critica a forma que essa exploração se dava, que o patrão buscava sempre o lucro e que o governo de forma direta ou indireta dava subsídio aquela dominação, o sujeito que veio dessas outras localidades permaneciam pobres e miseráveis, pois a única forma que ele tinha de sobreviver era a força de trabalho, enquanto o patrão e todo aparato governamental, tinha o capital que fazia circular e lucrava, com o trabalho exaustivo do seringueiro, como o próprio autor ressalta: “É que, realmente, nas paragens exuberantes das hevéas e castiloas, o