Letramento surdos
Dentro dessa lógica, Fernandes reconhece, que o projeto de uma escola bilíngüe por enquanto é algo utópico; já que no país a escola é monolíngüe ou seja, em língua portuguesa. Essa forma monolíngüe, compromete sensivelmente o aprendizado dos surdos obrigandu-os a criarem estratégias de aprendizagem para permanecerem no ambiente escolar.
Outro aspecto que merece ser comentado, diz respeito as escolas especiais que há muito tempo baniram dos seus projetos pedagógicos, a filosofia oralista, Porém, segundo Fernandes, se utilizam de uma pseudolíngua de sinais reproduzindo práticas oralizantes na sala de aula o que para ela, se constitui um novo paradigma da superada filosofia oralista. Este ineficaz modelo, de ensino/aprendizagem,tem como finalidade que os surdos apreendam o português. Sendo assim, a referida autora entende que esta forma de aprendizagem não contribui para a afirmação cultural e lingüística dos surdos.
Fernandes mostra também, que os problemas dos surdos não se resumem só a educação escolar; para ela esses indivíduos podem ser considerados estrangeiros em seu próprio país. Tal paradoxo acontece por causa do impedimento lingüístico entre os nativos falantes de língua portuguesa, e as pessoas que tem a língua brasileira de sinais, como língua materna. Por outro lado, reflete a autora, que é entregue a escola a difícil tarefa de fazer com que o surdo aprenda a língua portuguesa, e não exista por parte do governo uma política que respeite essa diversidade lingüística.
Sueli Fernandes destaca que os problemas começam na infância; quando o estudante surdo, é