Letramento para Surdos
LETRAMENTO PARA SURDOS E
DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS
Prof. Ms. Vera Lúcia L. Dias
RESUMO
O objeto deste artigo é analisar as práticas pedagógicas aplicadas aos alunos surdos e avaliar os benefícios do letramento bilingüe para os mesmos, assim como a adoção de métodos visuais de ensino. A hipótese se baseia nos métodos orais – auditivos que não têm contribuído para o desenvolvimento cognitivo da pessoa surda, em contrapartida, a LIBRAS está abrindo caminhos para que as escolas mudem suas metodologias baseadas no oralismo e que passem a aderir o bilinguismo, ou seja, utilizar a língua de sinais como linguagem materna para o aprendizado do português escrito, configurando-se como segunda língua. As informações para análise foram obtidas junto a fontes fidedignas como obras de autores especialistas no tema.
No aspecto espacial, abrangeu a história antiga e atual dos surdos, tendo como "pano de fundo" cenários do ensino pedagógico para surdos no Brasil.
Palavras-chaves: LIBRAS, Português, Letramento.
Introdução
O histórico das pessoas surdas, no Brasil, é algo que vem merecendo destaque no meio educacional e gerando polêmicas bastante plausíveis. O que antes era visto como "deficiência" e ausência de capacidade, hoje é considerado como sendo "diferente", ou seja, os surdos têm outros métodos de aprendizado, por meio da Língua Brasileira de Sinais, tornando-os aptos a exercer seus direitos de cidadãos.
A luta para que a LIBRAS seja implementada nas escolas é uma realidade inquestionável, pois o que se observa é que o uso do oralismo ainda é muito difundido, mesmo após desastrosos resultados. A imposição aos surdos para que estes desenvolvam a fala é algo corriqueiro e este "falar" que se impõe é apenas artificial, pois o surdo não conhece esta
2 particularidade que pertence aos ouvintes. O surdo pode até mencionar algumas palavras, todavia, isso dificilmente significa que ele aprendeu e que sabe realmente o que