Lesão desportiva
Lesão: definição, natureza e tipos de lesão
Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como resultado da participação da actividade desportiva: tenha sido motivo directo para interromper a actividade desportiva (treinos e competições) durante pelo menos 24 horas; se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da actividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua actividade quer em termos quantitativos (menor nº de horas de prática, menor intensidade dos exercícios/esforços físicos) quer em termos qualitativos (alteração dos exercícios ou movimentos realizados); e jovem praticante procurou um conselho ou tratamento junto de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma.
A lesão pode surgir a partir de dois tipos de mecanismos:
1) macrotraumatismos (entorse, pancada, estiramento excessivo, etc.) em que o atleta situa no espaço e no tempo o movimento ou gesto que desencadeou os primeiros sintomas e que normalmente desencadeia uma incapacidade funcional imediata do segmento afectado tanto maior quanto mais grave for a lesão.
Podemos dar sucintamente vários exemplos:
a) Entorses da articulação tíbio-társica (tornozelo) em flexão plantar e inversão (lesões capsulo-ligamentares e em algumas situações ocorrem também fracturas e lesões nas cartilagens de crescimento no caso dos jovens) na recepção ao solo após um salto;
b) Entorses do joelho após uma mudança brusca de direcção envolvendo por exemplo um mecanismo de valgo e rotação externa do joelho (lesõescapsulo-ligamentares e/ou meniscais, luxação da rótula). Aqui parece haver uma maior predisposição para as jovens do sexo feminino.
c) Estiramento excessivo e descontrolado numa abertura das pernas (lesão dos adutores); esforços explosivos como um sprint com dor aguda tipo picada na coxa ou perna (lesão muscular dos isqueo-tibiais ou gémeos)