Leitura no cotidiano
4 – Ecofuturo
Um belo dia, depois de meses de persistência e movimentos esquisitos, vacilações, tropeços e tombos, risos e lágrimas, a gente caminha sozinho pela primeira vez. Com esse primeiro passo, conquista-se o direito de ir para um lado e para outro, como a gente vê os outros fazerem. Com esse primeiro passo, ganha-se o direito de caminhar pelo mundo, ver
por si mesmo, descobrir.
Um belo dia, depois de meses de ouvido atento, mergulhados no mar das palavras que as pessoas trocam umas com as outras, depois de muito som sem pé nem cabeça, ensaio vocal e investigação de detetive para entender onde cada palavra se encaixa e com o que tem a ver, falamos pela primeira vez, como vemos e ouvimos os outros fazerem. Com essa primeira palavra, ganha-se o direito de contar o que se sente
e o que se descobre ao caminhar pelo mundo e observar o que nele acontece.
Brincar de Ler – 5
Um belo dia, depois de anos mergulhados num mundo cheio de palavras escritas,
aprendemos a ler: a duras penas, se ninguém pensou em nos fazer brincar com as palavras e com esse mundo escrito desde cedo;
muito devagar, se ninguém teve a boa idéia de povoar a casa de livros e outros materiais impressos; mais facilmente, se desde pequeninos nos damos conta de que existem coisas escritas por toda parte; pegamos, folheamos, empilhamos livros; vemos outras pessoas
passando bons momentos com livros e papéis escritos;
com prazer, se fazemos parte do grupo de sortudos para quem outras pessoas leram em voz alta – varinha mágica para a descoberta de que dentro de um livro existe um mundo e
temos direito a ele.
6 – Ecofuturo
Inventário
Baú de brinquedos? Cesto de trecos? Canto da bagunça? Caixa de jogos? Como é que você chama o lugar onde estão guardadas as coisas que seu filho, neto, sobrinho ou irmão usa na ocupação mais importante de sua vida, que é brincar?
E o que é que tem lá dentro? Miniaturas das