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RESUMO DO CAPITULO 1 – A LÍNGUA DE SINAIS A LÍNGUA DE SINAIS É UNIVERSAL?
Em qualquer lugar em que haja surdos interagindo, haverá línguas de sinais. Podemos dizer que o que é universal é o impulso dos indivíduos para a comunicação e, no caso dos surdos, esse impulso é sinalizado. A língua dos surdos não pode ser considerada universal, dado que não funciona como “decalque” ou “rotulo” que possa ser colado e utilizado por todos os surdos de todas as sociedades de maneira uniforme e sem influencias de uso
A língua de sinais dos surdos é natural, pois evoluiu como parte de um grupo cultural do povo surdo. Consideram-se “artificiais as línguas construídas e estabelecidas por um grupo de indivíduos com algum propósito especifico. O esperanto [língua oral] e o gestuno [língua de sinais] são exemplos de línguas “artificiais”, cujo objetivo maior é estabelecer a comunicação internacional” O reconhecimento linguístico tem marca nos estudos descritivos do lingüista americano William Stokoe em 1960. Ao descrever os níveis fonológicos e morfológicos da língua americana de sinais (ASL daqui em diante), Stokoe apontou três parâmetros que constituem os sinais e nomeou-os: configuração de mão (CM); ponto de articulação (PA) ou locação (L), e movimento (M). A partir da década de 1970, os lingüistas Robbin Battison (1974), Edward S. Kilma & Ursulla Bellugi (1979) conduziram estudos mais aprofundados sobre a gramatica da ASL, especificadamente sobre os aspectos fonológicos, descrevendo um quarto parâmetro: a orientação de mão (O). As mãos não são o único veiculo usado nas línguas de sinais para produzir informação lingüística. Os surdos fazem uso extensivo de marcadores não manuais. Diferentes dos traços paralinguisticos das línguas orais (entonação, velocidade, ritmo, sotaque,