A língua portuguesa sempre teve variações em sua fonética. Isso pode ser notado nas diferenciações de pronuncia existentes entre quase todos os estados brasileiros. O exemplo dado pelo professor Pasquale faz jugo ao uso do artigo “do” aplicado numa frase. No estado de São Paulo é comum se usar “do” para se referir a alguém: Programa do Juca. Já nos estados do nordeste “de” é mais usual: Programa de Juca. Segundo Pasquale o artigo “do” é de fato usado na língua oral, mas no uso formal do português estaria incorreto empregar o artigo antes do nome próprio, sendo assim corretamente utilizado o “de”. Porém na oralidade a língua permite usar ambos, pois trata-se de uma questão de variante de região para região. Há ainda a diferença na vogal “e” que no estado de São Paulo é pronunciada sempre como se houvesse acento circunflexo e no estado da Bahia como se houvesse um acento agudo. Enquanto aqui se diz Êliana lá falamos Éliana. Isso não quer dizer que é errado em um e certo em outro, pois ambos os jeitos podem ser entendidos claramente, apenas difere na sonoridade de cada região por suas raízes culturais, o desenvolvimento da língua teve um desenrolar diferente. As variações na língua portuguesa não param apenas no uso em uma região ou outra, mas também na troca de sentido com o tempo, acréscimo de função bem como desaparecimento de alguns usos e emprego de outros. Desta forma o Professor Pasquale dá um exemplo do uso da palavra 'inclusive" que na norma seria usado apenas para acrescentar pessoas ou coisas, como forma de adição mesmo. Hoje na oralidade é comum se aplicar a palavra em fomas diferentes, talvez como um lembrete por exemplo: Encontrei com Paulo a dois dias, inclusive ele está muito mais magro. Esses tipos de uso do "inclusive" se dá devido as mudanças de sentido que ocorre na língua, o que não é de todo incorreto até porque tudo se renova, se recria e na língua portuguesa não seria diferente, apenas não há ainda registros dessa forma de aplica-la mas, no