Linguistica
Cunha, Angélica Furtado; da Cosa, Marcos Antônio; Martelotta, Mario Eduardo. Linguística. In: Martellota, Mário Eduardo (Org.) Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2008, p. 15-30.
Para os manuais especializados a Linguística é definida como a disciplina que estuda cientificamente a linguagem.
A linguística se distingue de outras disciplinas que se interessam pela linguagem. O termo linguagem apresenta mais de um sentido, comumente, refere-se a qualquer processo de comunicação.
Para os linguistas a linguagem como uma habilidade, é a capacidade que os seres humanos possuem de se comunicar por meio de línguas. Já a língua é normalmente definido como um sistema de signos vocais ou de uma comunidade linguística. Sendo assim, o linguista é um estudioso dos processos de comunicação.
Características da linguagem:
A) Técnica Aristotélica complexa entendida como um conjunto de movimentos corporais necessários para a produção dos sons que compõem a fala.
O processo de produção vocal é de tal complexidade que apenas a espécie humana é capaz de realizar (Produção composta dos elementos fonéticos). O uso da linguagem implica o domínio de um conjunto de procedimentos complexos, associados não apenas à produção e percepção dos diferentes sons da fala, mas também, aos efeitos característicos da distribuição funcional desses sons pela cadeia sonora.
B) Base neurobiológica composta de centros nervosos usados na comunicação verbal.
A relação entre neurobiologia e a linguagem pode ser observada nas afasias, se caracterizam como distúrbios de linguagens provenientes de acidentes cardiovasculares ou de lesões do cérebro. No século XX, com os linguistas Paul Broac e Kaull Werneck, ficou estabelecido que as lesões ou traumatismos em determinadas áreas do cérebro provocam problemas de linguagem. Portanto, Afasia de Broa é articulação deficiente e uma séria dificuldade de formular frases (parte frontal do hemisfério esquerdo do cérebro.