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O Retorno de Martin Guerre
Através de uma análise de vários documentos do século XVI, a autora reúne uma estória (ou história? – irei utilizar o primeiro nome) extraordinária, e seguindo seus próprios pensamentos ela tenta preencher algumas lacunas que ficaram na mesma.
O livro conta a estória de Martin Guerre, um camponês basco que se muda para uma pequena vila com a sua família e é casado pelos seus pais com uma jovem chamada Bernard, casamento este que une duas famílias diferentes mas com intuitos financeiros iguais.
Martin era impotente e durante os 8 primeiros anos não teve relações com sua mulher, sendo alvo de brincadeiras da vizinhança. Depois deste tempo, a mulher chega até a engravidar, sobrevivendo uma criança.
Porém, quando tudo parecia que ia mudar para melhor, Martin simplesmente some sem deixar vestígios, deixando mulher, filho, e família, onde esta passa a ser tomada conta pelo seu tio, Pierre Guerre, graças a morte do pai do personagem.
Alguns anos depois, um homem estranho aparece dizendo ser Martin Guerre, e mesmo sendo diferente em aparência, consegue convencer a todos relatando fatos que haviam acontecido há muito tempo atrás, onde muitos, nem mesmo eles se lembravam direito.
Mas esse não era o verdadeiro, era apenas um homem bagunceiro, fanfarrão, e de uma memória extraordinária, chamado Arnaud du Tilh, que se apossou, ninguém sabe como, da vida de Martin, enganando a todos, menos (é o que se supõe) sua mulher Bernard (como enganaria sua própria mulher?). Mas ambos gostaram da idéia, pois tiveram mais filhos sobrevivendo uma apenas, e viviam felizes.
Porém, Martin (Arnaud) resolve disputar terras com seu tio, o que é um insulto para a tradição basca, e a isso se une o fato de alguns homens passando pela cidade terem falado de um certo Martin Guerre que tinha perdido uma perna em um combate ajudando o rei da Inglaterra, inimigo do rei espanhol (algo também muito estranho). As desconfianças levam Pierre Guerre a colocar o sobrinho