A bolsa e a vida
Maxwell da Silva Alves
Resenha crítica do livro: “A bolsa e a vida” de Jacques Le Goff.
RIO DE JANEIRO
2012
A escolha da segunda atividade desta disciplina, como forma de avaliação, já estava decidida desde de que soube da opção de uma resenha crítica. O livro escolhido foi: “A bolsa e a vida”, de Jacques Legoff, pelo fato de ser bem sucintas que dizer, de poucas páginas. No inicio da leitura me deparei com a seguinte questão – de uma forma ou de outra estou criticando o trabalho de uma “baita” historiador! Que petulância! Onde já se viu! Bom... não tem mais volta.
“A bolsa e a vida! É um livro que trata de um tema muito interessante – a usura - e mesmo sem ter lido, qualquer pessoa percebe claramente que o assunto não é esgotado, somente ao perceber o número de paginas. Neste livro o autor não fala sobre a usura propriamente dita, mas da visão depreciativa que a cristandade medieval possuía, bem como, o contexto social vivido pelos praticantes da usura que era de literal perseguição.
Legoff para a produção deste trabalho utiliza basicamente como fonte primaria: Manuais dos confessores, Penitenciais e sermões da época; basicamente do século XII e XIII. São três os motivos percorridos pelo historiador que motivaram a condenação, por parte da igreja e sociedade medieval, da prática da usura: a condenação veterotestamentária da prática, o fato de a maior parte dos usurários, ou pelo menos os maiores, eram judeus, e finalmente, o fato de um dos produtos negociados na usura, seria algo de propriedade divina, portanto, inegociável; o tempo.
O autor irá discorrer por algumas teorias criadas para dar substância a perspectiva de que a usura era uma prática injusta, logo, pecaminosa. Ao usurário um único destino era certo, a danação, o inferno. Legoff irá elucidar que nem toda a cobrança de juro era usura; “leis Bizantino-cristã de Justino e as leis barbaras da alta idade média