Fichamento - Cidades - Legoff
1783 palavras
8 páginas
CIDADELE GOFF, J. Cidades. In: LE GOFF, J e SCHIMITT, J-C. Dicionário Temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2002.
(Paginas: 219 a 235).
FICHAMENTO DE CITAÇÕES:
(Pag. 129). A cidade medieval, segundo uma ideia que os clérigos da Idade Media tinham retomado dos Pais da Igreja [...] não é feita somente de pedras, mas em primeiro lugar de homens, de cidadãos. A historia urbana é antes de tudo uma história humana, uma historia social [...] resultado da imbricação entre cidade real e cidade imaginária, sonhada por seus habitantes e por seus artistas, filósofos e literatos.
(Pag. 129). A cidade [...] é um lugar teatral. Aliás, é ali que o teatro, esquecido desde a Antiguidade, renasce na Idade Media, saído da Igreja.
(Pag. 129). Da mesma forma que a cidade da fase de impulso dos séculos X e XII, a da crise dos séculos XVI e XV distingue-se de seu contexto espacial, mantendo-se em simbiose e evoluindo com ele, do ponto de vista material (tecnológico e econômico), social, político, religioso, moral e cultural. Quando a cidade se transforma ela se transforma por inteiro, como um ser vivo.
(Pag. 220). “Entre os traços particulares do clima social da Idade Media ocidental, não há nenhum mais característico que a comunidade urbana”.
(Pag. 220). [...] o cristianismo vai trazer uma extraordinária novidade ao espaço urbano. Ele vai alojar os mortos que a Antiguidade afastava da cidade, ao longo das estradas que dela partiam. Essa urbanização dos mortos é acompanhada por uma ampliação das funções do cemitério, lugar de feiras, de festas, de sociabilidade para os vivos durante o longo período no qual eles domesticaram a morte, antes que ela se tornasse terrificante no século XIV.
(Pag. 221). A cidade medieval que se afirma entre os séculos X e XII, no seio de um dos mais encorpados movimentos de urbanização que a Europa conheceu, suscita três questões essenciais. De onde vem, e o que ela é? Uma vez que ela não é nem a simples continuidade nem o