cidade medieval
LE. GOFF, J.cidade. In: LEGOFF, Je SCHIMITT, J-C. Dicionário Temático do ocidente medieval, Bauru Edusc, 2002·.
“A cidade medieval segundo uma ideia que os clérigos da Idade Media vinha retomado dos pais da igreja- em particular de santo Agostinho, Poe sua vez tributários dos filósofos gregos e romanos, de Aristóteles e Cícero, não é feita somente de pedras, mas em primeiro lugar de homens , de cidadãos “(p.219)
“A percepção por parte dos cidadãos das relações econômicas, sociais e políticas é profundamente marcada pelas imagens e símbolos que lhes são propostos e frequentemente impostos por clérigos, intelectuais, pregadores nos seus sermões, urbanistas, artistas e os comanditários de suas obras” (p.219)
“Da mesma forma que a cidade da fase de impulso dos séculos X e XII a da crise dos séculos XIV e XV distinguem de seu contesto espacial, mantendo-se em simbiose e evoluindo com ele, do ponto de vista material, social, político, religioso, moral e cultural. Quando a cidade se transforma por inteiro, como um ser vivo”.( p.219) “A cidade antiga organiza-se em torno de um conjunto de edifícios e monumentos que desaparecem entre os séculos Iv e VII: Fórum, templos, pórticos, circo, teatro, estádio, terma “ (p.220)
“Um importante movimento de fundação de cidades marca assim a entrada da cristandade dos celtas, germanos, escandinavos, húngaros e eslavos. Só a cristandade a partir do século X também cria ‘cidades novas’ testemunhadas ainda hoje como toponímia.” (p.221)
“A cidade medieval que se afirma entre os séculos X e XII , no seio de um dos mais encorpados movimentos de urbanização que a Europa conheceu, suscitam três questões. De onde vem, e o que ela é?” (p.221)
“A cidade medieval é antes de mais nada uma sociedade da abundancia, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco povoadas.Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o artesanato e o comercio, sustentados por uma economia monetária “(p.223)