cidades medievais
- as cidades de génese romana, que podem ter sido abandonadas em determinada época e depois reocupadas ou ainda,no declínio do Império Romano do Ocidente, ter decrescido;
- as cidades que evoluíram a partir de aldeias;
-as que têm na sua base um núcleo militar e que foram aceitando e implementando o comércio, chamadas normalmentede burgos;
- as cidades novas; e as denominadas cidades bastide, que surgiram no País de Gales, em Inglaterra e em França e se desenvolvem àvolta de um castelo.
As tipologias variam de cidade para cidade, pois algumas, sobretudo as que datam do período romano, correspondem aum planeamento urbano em forma de retícula, enquanto que outras, resultantes de adaptações e evoluções,apresentam uma estrutura muito mais caótica, de crescimento orgânico e descontrolado. Existem, contudo, estruturascoincidentes em quase todas elas, como, por exemplo, as muralhas, os edifícios e jardins, os circuitos viários, o mercadoe a igreja. As muralhas, para além de servirem de defesa, funcionavam também como portagem ao comércio, e, comoeram barreiras físicas ao crescimento urbano, tinham de ser sucessivamente criadas novas cinturas, como aconteceu,por exemplo, na cidade de Florença. As ruas, que começaram a ser pavimentadas e por onde circulavam bestas decarga e pessoas, revestiam-se de importância especial por ligarem todos os sítios onde se comerciava, que erapraticamente em toda a cidade. Ao lado das ruas cresciam os edifícios, sobretudo em altura e muito juntos, uma vezque o espaço confinante com a via era social e comercialmente valorizado. A praça do mercado situava-se normalmenteno centro da urbe ou junto à rua principal, e encontrava-se rodeada de edifícios de cota mais ou menos igual, comgalerias por baixo. Esta praça podia ter diversas formas, desde a triangular à oval e à quadrada. Em frente à igrejasituava-se igualmente uma praça (por vezes