Teoria do autocuidado
A enfermagem não é somente arte, mas uma ciência em formação, que se baseia em princípios científicos, sendo indispensável à produção de conhecimento para a prática profissional. Os conhecimentos das teorias de enfermagem evitam a prática do “senso comum” e consolidam a enfermagem como uma ciência. Pois, as teorias, traduzem em seu conceito e modelos, um caminho terapêutico que visa manter e promover o funcionamento normal do ser humano.
A teoria de Orem tem grande importância na prática de enfermagem, pois o autocuidado é indispensável à sobrevivência do ser humano. Portando, o enfermeiro, ao atender as necessidades humanas, deve orientar os seus pacientes a cuidar de si desempenhando atividades em seu próprio benefício, a fim de manter a saúde e o bem-estar.
O conceito de autocuidado surgiu em 1958-1959 quando Dorothea Orem como consultora participou de um projeto para melhoria do treinamento prático de enfermagem, fazendo-a considerar a seguinte questão: “que condição existe na pessoa quando essa pessoa ou outros determinam que ela deva estar sob cuidados de enfermagem?” Essa ideia evoluiu para a sua primeira teoria “Teoria do Autocuidado”, justificando porque o autocuidado é necessário à saúde.
Para Orem, as pessoas são capazes de cuidar de si mesmas. E quando esta se torna incapaz de proporcionar o autocuidado, ela se apresenta em déficit de autocuidado, surgindo assim sua segunda teoria: “Teoria do Déficit do Autocuidado”. A partir disso é necessário que a enfermagem auxilie o indivíduo a promover o autocuidado, dando origem à “Teoria dos Sistemas de Enfermagem”. As teorias de Orem são aplicadas no seu conceito de autocuidado como referencial na prática e na fundamentação teórica, na identificação do déficit de autocuidado e na utilização do sistema de apoio-educação como instrumento do cuidar. Portanto, ela contribui para construir outras teorias de enfermagem.
BIOGRAFIA
Dorothea Elizabeth Orem nasceu em 1914 em Baltimore,