Resenha Crítica No texto, “Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil” do arquiteto urbanista João Sette Whitaker Ferreira, estimula se uma visão de arquiteto no Brasil sob influências e visões que se construíram com o tempo. Influências essas que hoje colocam arquitetos como um grupo privilegiado e altamente competitivo. O artigo deu se inicio devido a uma reportagem da revista AU-arquitetura e urbanismo onde apresentou 25 Jovens arquitetos que podem ser referências no Brasil nas próximas décadas, parabenizando e destacando como seria a ideia de um “arquiteto” e mais ainda um arquiteto de sucesso para representar a profissão. A intenção da revista não foi discutir o indiscutível talento dos arquitetos citados, mas sim questionar a visão que o Brasil anda tendo sobre a profissão, olhando não somente os grandes nomes e influências e lembrando que existem profissionais muito competentes em escritórios de arquitetura, onde o foco é restrito e reduzido ao mercado da construção civil. Como relata o texto: “Há uma necessidade premente de iluminar também outra face da arquitetura e do urbanismo, menos vistosa, menos evidente e menos festejada, mas cuja importância é fundamental para tirar a profissão do complexo impasse em que se encontra”. O destaque da arquitetura autoral vem prejudicando também os estudantes que acabam restringindo seus horizontes de perspectivas, e se veem numa profissão altamente competitiva onde parece que apenas uma pequena massa privilegiada alcançará o sucesso. E essa responsabilidade é colocada no ombro de todos os estudantes, para que sua força possa influenciar em massa o mercado de construção civil. Mas essa visão também vem de lá de fora, onde grandes nomes de outros países acabam influenciando e invadindo nosso mercado, tornando nossa natureza ainda mais competitiva e escondendo uma maioria de profissionais de escritório, que batalham arduamente, por seu espaço num “funil seletivo” como cita o texto. O texto questiona