Laban ou a experiência da dança
Pólo Universitário de Rio das Ostras
Curso de Produção cultural
Disciplina: Fundamentos da dança
Profª: Beatriz Cerbino
Aluna: Priscilla Gomes
LAUNAY, Isabelle (1999). “Laban ou a experiência da dança”
Resumo
Rudolf von Laban, mesmo sem nunca ter aprendido a dançar profissionalmente, foi o fundador da chamada dança moderna. Ele não enxergava a dança como uma profissão, e sim como arte. O que realmente importava eram os movimentos e sua influência na vida cotidiana. Por isso, ele chamou o que realizava de “experiências da dança”.
Laban descobriu que o homem moderno não sabia se movimentar. Que os movimentos por eles acumulados reflete o cansaço, era como se eles fossem máquinas. Essa descoberta foi muito dolorosa, uma experiência morta para a arte e, por isso, ele a chamava de experiência defunta. Mas como tirar proveito disso? “Como escapar da agitação característica da multidão moderna?”. Ele tentou fundar, a partir dessa experiência, um novo tipo de movimento. Um movimento em que o corpo funcionasse como condutor das energias e das intensidades dissimuladas da época e que expressasse emoção, sem buscar técnicas. Daí surge o saber-improvisar. Improvisar é se dedicar a esquecer do estado presente do corpo, é “buscar e encontrar, decompor e unificar, esquecer e rememorar, mas, sobretudo, não se lembrar”. O dançarino precisa dar tudo de si, prestar mais atenção no interior do que no exterior. Ele chama isso de “estado de êxtase”, onde o dançarino não tem consciência de nada, a não ser de existir e, assim, descobre um novo mundo por trás da dança.
Para ele, o dançarino era uma máquina capaz de provocar êxtase, apesar de tentar criar um modelo não mecanicista. Eles trabalhavam de maneira metódica, exata, porém estavam aparentemente desligados. O dançarino “desaparece enquanto individuo para aparecer enquanto sujeito de sua dança”.
O limite da dança é o precipício que separa a “região do silêncio” da vida diária.