Laban, experiencia da dança
Resumo
Laban abordava por volta de seus 20 anos, uma prática chamada de “dança moderna” (Brandenburg 1913), sem jamais ter aprendido dançar em uma escola, e sem pensar que ele trabalhava no desenvolvimento de uma arte, batizada de “dança moderna”.
Ele não parece preocupado, a não ser com uma coisa: a importância do movimento e sua influência sobre a qualidade da vida cotidiana. Ele realizava como ele mesmo disse “experiência de dança”.
[Laban tinha um] sistema de ginástica, [mas] sem limites, sem linhas teóricas nem leis estritas.
“Os movimentos eram simples e as ideias de base d s peças não eram tidas em função de um espetáculo (...), mesmo se, mais tarde, um estilo para representação tivesse emergido” (Laban 1975:155-156).
Laban encarou, em seguida, essa passagem à cena; mas perseguir a experiência era, antes de tudo, tentar fundar uma prática e uma teoria do movimento, como experimentação e saber, para que uma corporeidade inédita surgisse capaz de responder às transformações da vida moderna.
Laban percebe, com pavor, o que se tornou experiência do movimento no seio da multidão e da cidade industrial. Ele mede, no interior dos corpos que a fazem nascerem, o preço da modernização técnica, a dor da guerra e também a da fome.
Laban constata a impotência do homem moderno em se mover; a acumulação de movimentos é a acumulação de seu cansaço. O corpo modificado do homem urbano como o corpo do soldado nas trincheiras são pobres em experiência comunicável.
Uma corporeidade viva não se agita: seu movimento se organiza em um ritmo e em uma configuração espacial particulares.
Um movimento que é incapaz de saber, sequer de memória, que não permite ao indivíduo ser senhor de sua experiência.
O saber- improvisar se adquire, é uma das modalidades da “experiência de dança”. Improvisar para Laban é, de um