Kosik
RESENHA
Karel Kosik, autor do livro a “Dialética do concreto” é de origem tcheca. Nasceu em Praga no ano de 1926 e, ao longo de sua vida, participou como membro do Partido Comunista Tcheco, no qual atuou na resistência clandestina e em diferentes frentes em busca do socialismo humanista. Faleceu em 11 de fevereiro de 2003. Uma de suas principais obras é “Dialética do Concreto”, livro publicado em 1963.
Na primeira parte do seu livro, que está subdividida em três capítulos, o autor apresenta uma consistente fala filosófica marxista, que se propõe à análise do materialismo dialético, retomando um problema fundamental que busca compreender o que é propriamente, no marxismo, a práxis.
Inicia o primeiro capítulo “O Mundo da Pseudoconcreticidade e a sua Destruição”, falando da importância da dialética na discussão da práxis do sujeito. Segundo ele, a dialética trata da “coisa em si”. Mas, a “coisa em si” não se manifesta imediatamente no homem, sendo necessário certo esforço para chegar à sua compreensão (p. 13).
Neste sentido, são as correntes idealísticas que absolutizam ora o sujeito, ora o objeto, na destruição materialista da pseudoconcreticidade, que se cria a união dialética entre sujeito e objeto.
Segundo Kosik, para compreendermos esta dialética, faz-se necessário propor antecipadamente a decomposição do todo na ação e no conhecimento filosófico, decorrendo, neste sentido, uma separação do que seja essencial e secundário neste fenômeno. Apesar do fenômeno mostrar-se como um todo, isto não ocorre de forma imediata, mas como uma visão de mundo das aparências. Este mundo das aparências que parece nos mostrar o todo, não reconhece a essência verdadeira. Por isso, o autor fala na pseudoconcreticidade, ou seja, um mundo de aparências enganadoras, de preconceitos, de uma práxis fetichizada.
Assim, para que o homem não se perca em