Karl Popper

835 palavras 4 páginas
KARL POPPER (1902-1994) E A CRÍTICA À CONCEPÇÃO CLÁSSICA DE CIÊNCIA

- Popper é um autor que considera que o principal poder da racionalidade humana assenta na consciência da sua falibilidade.

- O reconhecimento da nossa ignorância e a recusa em aceitar certezas absolutas funcionam como o motor de todo o conhecimento científico.

- Popper defende que em ciência o método que vigora é o método falsificacionista.

- Este método consiste em submeter permanentemente as hipóteses ou teorias científicas a testes e críticas no sentido de lhes detectar erros ou falhas. O papel dos testes é tentar mostrar que as teorias são falsas e não provar que são verdadeiras.

- O trabalho do cientista não é verificar as suas teses, mas antes submetê-las às mais duras tentativas de refutação (falsificabilidade).

- Segundo Popper, tentar mostrar que uma teoria é falsa é a melhor forma de legitimar a força de uma teoria, caso ela resista a essa tentativa.

- Quando uma teoria resiste aos testes da sua falsificação, não podemos dizer que ela é verdadeira, só podemos dizer que a teoria é verosímil e que foi corroborada, isto é, que deve aceitar-se enquanto sobreviver aos testes.

- As teorias científicas que resistem aos testes mais severos devem ser levadas a sério, mas isso não quer dizer que elas possam ser consideradas verdades absolutas. Essas teorias podem ser vistas unicamente como aproximações à verdade, sendo esta considerada um ideal inalcançável.

- Popper opõe-se, portanto, ao método verificacionista e rejeita a indução, não aceitando que uma teoria científica possa ser verificada ou provada. A verdade absoluta de uma teoria nunca poderá estar garantida.

- As teorias, consistindo em enunciados universais e tendo que ser confrontadas com os factos através de experiências, apresentam-se como impossíveis de comprovar, visto que não é possível observar todos os casos existentes, nem sabemos com certeza absoluta se o que se verificou até ao presente se irá

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