Na minha opinião, este caso de: “Kant vs. Stuart Mill” é um autêntico dilema! Ambas as teorias têm aspectos positivos, mas também têm aspectos negativos como, por exemplo, com a ética kantiana, quando nos deparamos com uma situação de conflito, onde só há duas possibilidades de acção, ambas incorrectas no campo da moralidade, não é possível decidir mas, de facto, nessas situações temos de optar por alguma coisa, como vimos com o caso dos pescadores holandeses. Com Stuart Mill, uma das ideias básicas é “os fins justificamos meios” mas este ideal pode-nos levar a agir, não cumprindo as normas, não só morais, mas também jurídicas. É, de facto, difícil optar por uma destas teorias… possivelmente, o mais fácil e talvez mais razoável a fazer é analisar cada situação individualmente, comparando as duas teorias. Muitas vezes, em situações de difícil escolha, quando a razão não chega, o ser humano tende a “ouvir o coração”, ou seja, dar lugar aos sentimentos. Não digo que isto seja sempre correto mas, frequentemente, é o que acontece. Ora, para Kant, os sentimentos não podem pesar nas nossas decisões e ações, pois devemos agir sempre por dever. A meu ver, isso pode tornar-se absurdo porque acho que, claramente, existem casos onde agimos por compaixão mas é totalmente louvável aquilo que fazemos. Esta ideia leva-me a virar, um pouco, para a ética utilitarista. Reconheço que esta teoria tem objecções, como todas as outras, mas acho que nos leva a fazer o que é correto, independentemente de ser por dever ou não, olhando “de cima” para a acção, mais vezes do que com Kant pois toda a gente procura a felicidade. Claro que pode parecer mal dizer que “os fins justificam os meios”, pode parecer um pouco cruel até mas, enfim, é a minha opinião. Concluindo, possivelmente estou a dizer coisas que não são bem assim, ou sempre assim mas, apenas não queria tomar aquela posição fácil de ficar no meio destas duas