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Validade e Verdade “A verdade refere-se às coisas e ao modo como o pensamento as representa. Um pensamento é verdadeiro se for adequado ao real. Há na verdade uma dimensão ontológica. A validade considera o pensamento independentemente das coisas, atendendo apenas ao modo como este se estrutura. A dimensão em que se coloca é meramente lógica. A lógica preocupa-se com a forma dos raciocínios, visando o modo como se encadeiam e tendo como objetivo a sua coerência.” Os critérios pelos quais a lógica se determina são independentes dos objetos pensados, bem como das propriedades desses objetos. Não leva em consideração o acordo do pensamento com o real, mas sim o acordo do pensamento consigo mesmo. Verdade e validade não coincidem, pois tomam como referências diferentes registos (ou dimensões do discurso): * Verdade: interessa o conteúdo de um raciocínio, aquilo que ele diz, a sua matéria; * Validade: diz respeito à forma, ao modo como as permissas e a conclusão se estruturam.
*À lógica formal interessa estabelecer as condições de validade de um raciocínio.
Para concluir esta distinção resta dizer que a validade respeita apenas os argumentos e a verdade pode ser uma propriedade das proposições e dos argumentos.
Ontologia – Discurso sobre a realidade.
A Linguagem da Lógica Moderna
A possibilidade de as palavras e expressões linguísticas assumirem múltiplos significados (polissemia) tornava difícil o seu uso numa disciplina que aspirava a ser uma ciência exata. Para uma disciplina que tem por objeto a forma do pensamento era necessário inventar uma linguagem que fosse mais simples e rigorosa, de modo a não suscitar dúvida no espírito dos que dela se serviam. Assim, a linguagem da matemática e do cálculo tornar-se-ia o modelo de linguagem.
A lógica transformou-se numa disciplina com uma linguagem simbólica, muitas vezes equiparada às matemáticas, pelo rigor dos cálculos que permite e pelas aplicações que viria a ter. A linguagem da lógica, na sua versão