juventude negra
As fontes de pesquisas nos fornecem números que confirma isto. As/os negras/os estão mais sujeitas/os ao desemprego, permanecem mais tempo desempregadas/os e quando estão empregadas/os ocupam funções de menor qualidade, status e remuneração.
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (2005), organizado pelo PNUD, de 1992 a 2003, considerando a mesma faixa etária pra brancos e negros, a taxa de desemprego da população negra foi, em média 23% superior à da população branca. Fracionando por sexo: para as mulheres negras era 30% maior que entre as mulheres brancas e, entre os homens negros 24% maior que a existente entre os homens brancos.
Considerando o fator remuneração, as desigualdades se manifestam mais nitidamente. Em 2003, segundo este mesmo relatório, os homens brancos ganhavam em média 113% mais que os homens negros, e as mulheres brancas 84% mais que as mulheres negras.
Quero enfatizar que a pirâmide sócio-racial se estrutura da seguinte forma, do topo para a base: homens brancos, mulheres brancas, homens negros mulheres negras.
As negras/os tem maior participação que os brancos no mercado de trabalho justamente nas faixas etárias menos desejadas ; entre 10 e 24 anos (trabalho infanto-juvenil , período para dedicar-se aos estudos). Na idade considerada melhor produtiva para o mercado, a participação da população negra cai significativamente. Voltamos a ocupar maior percentual em participação nas idades de aposentadoria (velhice).
A conseqüência da inserção prematura da população negra no mercado de trabalho é o pouco tempo que resta para dedicar à educação , acarretando na manutenção de cargos subalternos, pouco valorizados e mal remunerados.
É importante