Resenha sobre o capitulo Juventude negra do livro Retratos da juventude brasileira: Análises de uma pesquisa nacional
No capitulo A juventude negra as autoras Gevanilda Santos, Maria Jose P. Santos e Rosangela Borges enfocam e problematizam o que é ser jovem numa sociedade que discrimina, pegando como um dos pontos de analise as relações sociorraciais brasileiras. Segundo as autoras existe uma característica marcante há se considerar sobre a composição social do Brasil, fazendo uma analogia sobre as camadas sociais tomando como base uma pirâmide, elas identificam que na base dessa pirâmide social esta a pobreza e a mesma esta associada a população negra e a discriminação racial, portanto partindo deste principio “ser jovem negro” não é o mesmo que “ser jovem branco” no contexto brasileiro, levando em consideração não apenas uma abordagem socioeconômica, mas também relevando as diferenças sobre autopercepção da identidade, o que é ser jovem, o que é ser brasileiro, discriminação cotidiana, lazer, racismo, violência e a importância de valores para a construção de uma sociedade ideal.
Através dos dados do Censo 2000 do IBGE segundo o critério de classificação por cor/raça do IBGE as autoras mostram a distribuição geográfica da população jovem brasileira e seu pertencimento racial e observa que na região Sul existe um menor índice da população negra devido a típica imigração européia daquela região. Na pesquisa “Perfil da juventude brasileira” observa-se que não existe uma grande diferenciação de percentual em relação aos jovens negros e brancos sobre suas expectativas e seus pontos de vistas, o que segundo as autoras se explica por que os jovens negros são alvo do mito da democracia racial brasileira que é a rejeição dos valores de matriz cultural africana, a negação do racismo, ao mesmo tempo que difunde o ideal do embranquecimento nesses indivíduos, portanto