Justiça Organizacional

DIAGNÓSTICO
Segundo Pina e Cunha, Rego, Campos e Cunha, Cabral-Cardoso (2007) “(…) a justiça pode desempenhar um papel relevante no funcionamento eficaz das organizações, assim como na satisfação dos membros que nelas trabalham” e “(…) as percepções de justiça podem influenciar um leque muito expressivo de atitudes e comportamentos organizacionalmente relevantes”.
Ao nível organizacional, distinguem-se duas vertentes, a de justiça objectiva e a de justiça subjectiva. A diferença baseia-se entre o critério normativo e a percepção. Verifica-se injustiça subjectiva quando, independentemente do critério normativo justo ou injusto, a percepção assim o deduz.
Neste conspecto, tendo por base o indivíduo e o grupo em que se insere, impõe-se analisar como se formou a percepção de (in) justiça e como a ela reagiu a enfermeira M.P., sendo aqui imperioso distinguir-se as três dimensões da justiça organizacional: distributiva, procedimental e interaccional. Para tal foi aplicada a Escala de Percepções de Justiça de Colquitt (2001), tipo Likert, composta por vinte itens seguidos de uma escala de 5 pontos (de 1 – discordo totalmente a 5 – concordo totalmente). Este instrumento já foi validado pelo autor em amostras norte americanas de estudantes e trabalhadores. O score total da escala varia potencialmente de vinte a cem, sendo que um maior score indica uma maior percepção de justiça. (anexo)
Nessa escala os itens estão distribuídos pelos quatro componentes do modelo de justiça proposto por Colquitt: justiça distributiva, justiça processual, justiça interpessoal e justiça informacional. A dimensão distributiva envolve quatro itens, a processual sete, a interpessoal quatro e a informacional cinco.
O conceito de justiça distributiva foi a faceta que primeiramente promoveu a cogitação dos cientistas organizacionais. Esta centraliza-se na justiça dos fins alcançados. Quanto à justiça procedimental tem por base os meios usados para alcançar os fins e/ou os resultados e, por