A resenha da obra de Rubem Alves:- “A alegria de ensinar”, que parece fácil, só parece. Sua narrativa simplista, é ao mesmo tempo complexa, pois narra entre outras coisas que “ensinar é um exercício de imortalidade”, pois em sua magia, o educador conquista corações e transborda emoções, através de um processo libertador esculpido com alegria. Em suas descritivas, temos um Jorge Luis Borges, que amplifica a discordância quanto ao aprendizado escolar, que para ele foi de pouca ou nenhuma significância, tese que é compartilhada pelo autor Rubem Alves. O educar sem conexão com a realidade do educando, sem sombra de dúvida, não gera alegria, não gera interesse, não gera interação, mas sim traz a baila o paradoxo de que quanto maior o conhecimento, menor a sabedoria. E aquilo que parece fútil, no entretenimento da leitura vai se descobrindo que as palavras escritas, traduzem um questionamento profundo e iconoclasta, onde se busca “se despir do que aprendi.” Pois ensina, que: “Há idade em que se ensina aquilo que se sabe. Vem, em seguida, uma outra, quando se ensina aquilo que não se sabe. Vem agora, talvez, a idade de uma outra experiência: aquela de desaprender. Deixo-me, então, possuído pela força de toda vida viva: o esquecimento.” Para o autor, a sabedoria: mora no esquecimento. Para aprender é necessário, viajar, sonhar. É necessário abolir o processo de sistematização, de domesticação, para se desconstruir e se construir no fascínio da descoberta individual e pessoal, divagando, e excluindo o “controle de qualidade do pensamento”, vivenciado ontem, hoje e seguramente amanhã, pois é mais conveniente e mais fácil, pois se todos pensam iguais, agem iguais, sem desconfortáveis perguntas, que na maioria das vezes não sabemos as respostas. E até o decantado poeta curitibano Paulo Leminski aprece eu sua obra, ao verbalizar: “ Ai daqueles que não morderam o sonho,e de cuja loucura nem o sonho os redimirá.” E