Jornalismo Cultural
A secção “Artes & Vidas” no Jornal de Notícias
Ana Rita Pereira
Escola Superior de Educação de Viseu
O jornalismo cultural é comum na imprensa portuguesa, quer em jornais especializados, quer em jornais generalistas. Mas será sobre os jornais generalistas e mais concretamente sobre o “Jornal de Notícias” que iremos centrar a nossa análise. Mas afinal o que é considerado cultura nos jornais generalistas? Como é que se faz jornalismo cultural na imprensa generalista? É sobre estas dúvidas que iremos dar início à nossa análise.
O termo cultura é difícil de definir por si só, existem múltiplas interpretações para o mesmo. De forma mais geral, podemos dividir o termo em três conceitos base: cultura popular, cultura de elite e cultura de massas. A cultura popular está associada às manifestações culturais que envolvem o povo, como a dança, música, festas, etc. São manifestações simples, que não exigem um ensinamento prévio, são típicas de uma região ou são incutidas de geração em geração. A cultura de elite já pressupõe o contrário, são demostrações mais complexas que exigem um maior nível de instrução, um maior conhecimento das artes, além dos movimentos artísticos. Por exemplo a pintura ou até escultura, estas artes exigem um maior conhecimento artístico por parte do público. Esta não é dedicada a toda e qualquer pessoa, mas sim a uma classe privilegiada (classe de elite). No que diz respeito à cultura de massas, esta tem como finalidade o consumo, o lucro. A ideia de cultura de massas surgiu na era da industrialização, onde se começou a olhar para tudo como forma de adquirir lucro. Neste sentido, a cultura de massas, não é mais do que a união de cultura popular e cultura de elite, dirigindo-se às massas (grande número de pessoas).
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Tendo por base os três conceitos definidos atrás, percebemos facilmente que a imprensa se baseia no conceito de cultura de massas, tendo como foco principal o