Jornal na sala de aula
O trabalho com jornais, além de ampliar o universo dos alunos, ajuda a formar leitores competentes e torna as suas aulas mais interessantes
Agnes Augusto
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Adriana, do Colégio Cristo Rei, de Marília: alunos sentem falta de notícias. Foto: Gustavo Lourenção
Em tempos de interatividade via telefone celular e internet, fazer com que as crianças se interessem pela leitura de jornais não é tarefa das mais fáceis, mas certamente é fundamental para formar leitores habituais e cidadãos bem-informados. Trazendo textos com características distintas, fotografia e recursos gráficos, os jornais são uma fonte respeitada para pesquisa e para a obtenção de informação sobre o mundo atual. Além disso, eles se modernizaram e passaram por reestruturações gráficas e editoriais para proporcionar leitura mais agradável de seu conteúdo.
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Para uma criança tomar gosto pelos periódicos, o primeiro passo é acabar com a idéia de que jornal é coisa de "gente grande". Dentro da gama variada de assuntos abordados, certamente são encontradas notícias locais ou de entretenimento que atraem também os pequenos. É importante fazer os alunos se relacionarem com o jornal como se fossem leitores comuns: eles devem manuseá-lo por inteiro (não só textos recortados), aberto sobre uma mesa, no chão ou dobrado; e buscar os cadernos que mais interessam, vendo fotos e lendo títulos, subtítulos e o início de cada reportagem, para saber se vale seguir até o final. "É comum a pessoa iniciar a leitura pela área de que mais gosta, mas isso não significa que ela irá até o fim do texto", afirma Maria José Nóbrega, consultora de Língua Portuguesa.
Informação total
Apresentar textos cortados, sem referências nem ilustrações - prática comum em livros didáticos - , não é uma maneira eficaz de formar leitores de jornal. Maria Alice Faria, professora aposentada da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus