Jongo
Colégio Pedro II
História do Brasil
Professor(a) Larissa Abreu
Aluno(a) Teresa Cristina Gomes de Abreu
“Bendito, louvado seja
É o Rosário de Maria,
Bendito pra Santo Antônio
Bendito pra São João
Senhora Sant’Ana
Saravá meus irmãos.”
Canto de abertura dos jongueiros da Serrinha em suas apresentações.
“Tava dormindo
Angoma me chamou
Disse levanta povo
Cativeiro se acabou.”
Canto de várias comunidades jongueiras Considerado como o “avô” do samba, o Jongo, também conhecido como caxambu e corimá, é considerado uma dança de umbigada, caracterizada por tambores e batuques, cantos e danças.
Proclamado Patrimônio Cultural Brasileiro em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Jongo integra a cultura afro-brasileira e é um forma de expressão que integra percussão de tambores, dança coletiva e elementos mágico-poéticos. Tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, sobretudo os de língua bantu. Consolidou-se entre os escravos, vindos especialmente de regiões como Congo e Angola para trabalhar nas lavouras de café e cana-de-açúcar localizadas no Sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba do Sul.
O jongo é uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação de identidades. São sugestivos dessas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico da umbigada.
Antigamente, só os mais velhos podiam entrar na roda. Os jovens ficavam de fora observando. Os antigos eram muito rígidos com os mais novos e exigiam muita dedicação e respeito para ensinar os segredos ou “mirongas” do jongo e os fundamentos dos seus pontos. Os pontos do jongo têm linguagem metafórica cifrada, exigindo muita experiência para decifrar seus significados. Os jongueiros eram verdadeiros poetas-feiticeiros, que se desafiavam nas rodas de jongo para disputar sabedoria. Com o poder das palavras e uma forte concentração, buscavam encantar