JONGO JULIA MUSICA
Regiões onde são praticados: Praticado no Brasil, inicialmente pelos escravos das fazendas de café e cana-de-açúcar, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. No Vale do Paraíba na Região Sudeste do Brasil.
Características da dança e canto: Inserindo-se no âmbito das chamadas danças de umbigada. A responsável pelo jongo é sempre a quilombola mais idosa da comunidade. À meia-noite, ela interrompe o baile, sai da barraca e anda até o terreiro de terra batida. Acende-se a fogueira e os comunitários formam uma roda. Ela se benze nos tambores sagrados, pedindo licença aos antigos jongueiros que já morreram para iniciar o jogo.
A partir de então o jongo começa a acontecer. O ponto de abertura é um verso improvisado cantado pela anciã responsável. Todos respondem cantando alto e batendo palmas. Os tambores batem e o primeiro casal se dirige para o centro da roda, dando início à dança. A festa só irá terminar no dia seguinte, quando o sol raiar.
No canto do jongo há sempre um solista, que improvisa versos livres. O refrão é fixo e repetido por todos, como resposta a esses versos. Os versos podem fazer referência à natureza, aos fatos do cotidiano, ao trabalho braçal e à revolta dos negros com a opressão sofrida. São cantados em português, mas misturam alguns elementos do quimbundo, dialeto africano de origem banto.
A dança, que acontece no meio da roda, é realizada por casais, que vestem roupas comuns do dia-a-dia. Girando, um casal por vez dirige-se ao centro da roda e faz menção de uma umbigada.E os outros participantes