cavador infinito
PARNASIANISMO/SIMBOLISMO
Quanto à temática, é um poeta voltado para a
Antigüidade Clássica, como em Panóplias, A sesta de
Nero, Lendo a Ilíada, entre outros. O lirismo também se evidencia em Via Láctea, e em “Nel mezzo del camin”, com seus pleonasmos e inversões. Em “Alma inquieta e “Viagens”, o poeta cai em temas de meditação, filosóficos. Há também poemas épicos em
Viagens. E Tarde mostra não só o poeta mais descritivo e profundamente nacionalista como também consciente do fim, da proximidade da morte.
Ideologicamente, não se pode atestar militância política por suas prisões e o “exílio” em Minas
Gerais. Bilac não foge à regra, colocando-se à margem de questões sócio-políticas; mostrou-se conservador e nacionalista ao extremo em sua campanha a favor do serviço militar obrigatório. Mérito há na campanha pró-alfabetização e evidencia seu amor à língua em seu poema Língua Portuguesa. É também o autor da letra do Hino à Bandeira.
b) Antônio Marciano Alberto de Oliveira
(1859 - 1937) sempre permaneceu à margem dos acontecimentos históricos e fiel ao Parnasianismo, sendo mesmo considerado mestre dessa estética. Sua temática esteve presa aos rígidos preceitos parnasianos: poesia descritiva da natureza e até objetos, exaltando-lhes a forma. Destaca-se na perfeição formal, métrica rígida e linguagem extremamente trabalhada, até o rebuscamento. Escreveu: Canções românticas,
Meridionais, Sonetos e poemas, Versos e rimas. Poemas como Vaso Grego, Vaso Chinês e A estátua acentuam o descritivismo do Alberto de Oliveira.
c) Raimundo da Mota Azevedo Correia
(1860 - 1911) estreou como romântico na obra Primeiros sonhos em que revela influência das gerações de poetas românticos. Com o livro Sinfonias, passa a revelar-se parnasiano, formando a tríade ou trindade parnasiana. Assume a temática da moda, cantando a natureza, a perfeição formal dos objetos, a cultura clássica. E em sua poesia filosófica, ocorre a meditação marcada pela desilusão,