jongo

JONGO: SEU LADO SAGRADO E MISTICO.

I – Introdução

Quando os africanos foram trazidos para o Brasil como escravos, trouxeram com eles muito mais do que apenas seus corpos, mas também uma grande bagagem com suas fortes praticam sociais, entre elas a musica, dança e a religião. A musica em especial, tinha para eles uma ligação religiosa e festiva, associada a dança e o canto.Toda essa cultura se representa através do Jongo que também é conhecido por Caxambu, Tambu, Batuque e Tambor.

“As formas de expressão aqui registradas estão ligadas, provavelmente, aos antigos “batuques” mencionados pelos administradores coloniais e cronistas do Brasil colônia e império. A palavra batuque era usada de maneira genérica e imprecisa pelos observadores externos sempre que se deparava com a dança e canto ao som de tambores. Por isso, o termo pode esconder referências a rituais religioso afro brasileiro que os administradores não sabem distinguir (...)” (DOSSIE IPHAN 5, 2005:47).

Os escravos construíam e tomavam posse e defendiam o terreiro (espaço de chão batido geralmente em frente à senzala), onde cantavam e dançavam. Nos terreiros recria através de suas atividades: musicas, danças, lendas e mitos em constantes recriações, à realidade vivida por negros que viviam em cativeiros. O Jongo traz como uma dança comunitária rural a representação da época da escravidão.
Dentro do Jongo há uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradição e afirmação de identidade. Tem em suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos de língua Bantu. Há em suas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e dançados.
Essa cultura na qual as manifestações orais, histórias sagradas, contos, lendas expressão do canto, constituem um de seus elementos compreendidos em função de tudo isso no momento em que ocorre a participação das pessoas da comunidade e os instrumentos utilizados. Nas culturas dos terreiros narram, as transformações