JONGO
Thamires Braga ; Mariana Bandeira ; Matheus Batista ; Emerson Jr. ; Igor
Domingos ; Pedro Bertoni ; Arthur Henrique ; Gabriel Boni ; Murilo Albino
Origem
o Jongo é uma dança de origem africana do povo oriundo de Angola, da qual participam homens e mulheres, significando divertimento.
O canto tem o papel fundamental, associado aos instrumentos musicais e à dança.
Alguns pesquisadores classificam-no como um de "tipo de samba" mais antigo, que mais tarde daria origem ao samba.
Em alguns locais, o nome pode variar como Caxambu, Dança do
Jongo, Bambelô, dentre outros.
O jongo é uma dança dos ancestrais, dos pretos-velhos escravos, do povo do cativeiro, e por isso pertence à “linha das almas”.
Contam que aquele que tem a “vista forte” é capaz de enxergar um antigo jongueiro falecido se aproximar da roda para relembrar o tempo em que dançava o caxambu.
Contam também que alguns jongueiros, à meia-noite, plantavam no terreiro uma muda de bananeira que, durante a madrugada, crescia e dava frutos
Até hoje, alguns núcleos familiares de afro-descendentes persistem em manter viva a tradição do jongo. distribuídos para os presentes.
No Brasil, o jongo consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar, no sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba.
Trata-se de uma forma de comunicação desenvolvida no contexto da escravidão e que serviu também como estratégia de sobrevivência e de circulação de informações codificadas sobre fatos acontecidos entre os antigos escravos por meio de pontos que os capatazes e senhores não conseguiam compreender.
O Jongo sempre esteve, assim, em uma dimensão marginal onde os negros falam de si, de sua comunidade, através da crônica e da linguagem cifrada.
FIM