John dewey

A criança e o currículo.

A Criança e o Currículo apresenta, de modo breve, a inovadora filosofia da educação de John Dewey enquanto processo experimental e centrado na criança. Durante anos os educadores procuraram, neste referencial, orientação e indicações práticas. Aqui, e em toda a sua vasta obra, Dewey desenvolveu os conceitos “experiência”, “inteligência”, “educação” e “sociedade” cuja articulação levaria, na sua opinião, a um pleno exercício da democracia. Ou seja ao formarmos crianças, arquitectamos ”homens”, construímos uma sociedade. Perante as muitas diferentes formas de pedagogia que podem ser empregues, as que dominam, tendem a silenciar as vozes e as experiências das crianças, é aqui que John Dewey nos diz que de nada serve as crianças adquirirem o conhecimento se para isso vão perder aquilo que realmente são. Não é correto arremessar matéria para cima das crianças, esperando que essa se torne material nutritivo, isso só fará com que o “estudo” seja um sinónimo de tarefa penosa. John Dewey fala de currículo como sendo os objectivos que a criança terá de alcançar e não a forma como irá alcançar essas competências. Ou seja este diz-nos que o currículo tem de ser olhado como os objectivos atingir pela criança, mas nunca como aquilo que se deve impor a criança saber, devera sim, ser dada apenas a orientação necessária para que através das suas experiências esta seja capaz de atingir a totalidade das matérias, apenas através da sua vontade, da sua iniciativa e não através de tarefas penosas e elaboradas. A orientação dada pelo professor deve ser entendida como um desvendar dos melhores processos para atingir os objectivos, ao descobrir esses novos processos de funcionamento das coisas a criança vai sentir-se estimulada e motivada por estar atingir o conhecimento através das suas experiências. Deixemos que a criança descubra em vez de serem os professores a impor o saber. Ex: uma criança que conhece os algarismos de que serve impor que