Joana Garcia sintese
Ainda diz que a assistência social no Brasil não se distingue inteiramente dos outros países em um aspecto particular: a entrada do Estado em cena não significou a saída das iniciativas privadas. As diferenças parecem estar mais relacionadas ao tipo de Estado que passou a exercer a função de regulador das ações sociais e as influências de ordem valorativa que conduzem essas ações.
Uma herança dos primórdios do Brasil republicano que resiste ao tempo e as mudanças sociais é o que se denominou “política de clientela” ou “clientelismo”. Sendo um dos fatores que mais comprometem a consolidação de uma cultura de cidadania nas relações entre os agentes envolvidos na intervenção social.
Entretanto essa falta de sincronia entre a dimensão institucional e a consolidação de valores a ela referidos, é uma característica da cultura política brasileira que é responsável pela apropriação parcializada e muitas vezes oportunistas da idéia de cidadania.
Essa filantropia empresarial é referida, pelos seus integrantes, como uma das organizações do chamado “terceiro setor”. O debate sobre esse tema pretende redimensionar conceitos e ampliar o escopo das organizações portadoras de virtudes alheias ao Estado e ao mercado.
A participação empresarial possibilita fomentos em um expressivo número de organizações com capital e recursos administrativos escassos, além de projetar a visibilidade desse setor de forma muito mais expressiva que qualquer outro grupo nele representado. As premiações de iniciativas não-governamentais patrocinadas por empresas são exemplos fortes dessa estratégia de propaganda.
Embora já tenha sido indicado que o interesse dos empresários pelo social não é recente, o modelo contemporâneo da responsabilidade social introduz uma preocupação maior