Jeremy benthan
O Utilitarismo é um tipo de ética normativa, com origem nas obras dos filósofos e economistas ingleses do século XVIII e XIX. Jeremy Bentham e John Stuart Mill, segundo a qual uma ação é moralmente correta se tende a promover a felicidade e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não apenas a felicidade do agente da ação, mas também a de todos afetados por ela. O Utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses, mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados independentemente das conseqüências que eles possam ter. O Utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente, porque de acordo com o Utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação ruim no indivíduo.
VIDA E OBRA DO AUTOR
Bentham nasceu em 15 de fevereiro de 1748 e foi tido como infante prodígio, pois aos cinco anos já lia grego e latim. Filho de advogado, estudou Direito para militar na área,seguindo desejo do pai de que seguisse a mesma carreira. Estudou direito em Oxford, formando-se em 1772. Quatro anos depois publicou sua primeira obra, A Fragment on Government (Um fragmento sobre o governo). Esse livro lhe granjeou a simpatia de Lord Shelburne, graças a quem conheceu destacados dirigentes do partido whig (do qual nasceria o Partido Liberal). Em sua obra An Introduction to the Principles of Morals and Legislation (1789; Introdução aos princípios da moral e da legislação) expôs a doutrina do utilitarismo, cuja base era o reconhecimento de que o mundo é regido por dois princípios: prazer (bem) e dor (mal). Como esse fato é incontestável, a ordem social e moral deve buscar a utilidade, isto é, aquilo que