O Utilitarismo com base no livro "Justiça" de Michel Sandel
Estabelecendo como base o capítulo dois, do livro "Justiça" de Michel Sandel, encontra-se nele duas faces do termo em questão. O utilitarismo com preceitos de Jeremy Bentham (fundador) e uma versão posterior, de John Stuart Mill.
Os princípios de ambos baseiam-se no ideal de que, moralmente correto é tudo o que maximiza o prazer e a felicidade – maximização da utilidade - e que evite a dor ou o sofrimento. Esse princípio não de forma egoísta, mas sim visando alcançar o maior número de pessoas possível. O princípio utilitarista foi aplicado na política, legislação, justiça, entre outros.
“Todos gostamos do prazer e não da dor. [..] Ao determinar as leis ou diretrizes a serem seguidas, um governo deve fazer o possível para maximizar a felicidade da comunidade em geral”. (pg. 44).
No texto, desde o início, alguns exemplos de situações tensas colocam o utilitarismo “a prova”. O caso Jogando Cristãos aos Leões é, para mim, a mais instigante. Se baseada nos preceitos de Benthan, a eufórica e numerosa felicidade de quem assistia ao espetáculo dos Cristãos sendo torturados por leões no Coliseu seria maior do que a dor sofrida pelos religiosos, então o ritual deveria permanecer acontecendo. Para Benthan, as preferências são pesadas sem julgamento e têm como base a quantificação.
Em 1859, John Stuart Mill lança seu livro “On Liberty” – defesa da liberdade individual. “Seu princípio central é o de que as pessoas devem ser livres para fazer o que quiserem, contanto que não façam mal aos outros.” (pg. 64). Para ele, não deve-se obrigar ou até mesmo induzir coisas para proteger uma pessoa de si mesma. Cada pessoa é dona de si, soberana de suas escolhas e, contanto que eu não prejudique ninguém, nada, nem o governo deve atrapalhar essa liberdade individual. Nesse aspecto citado acima e também em casos presentes no texto como “a conformidade é a inimiga da melhor forma de viver” e o fato da diferenciação dos prazeres