TDE FILOSOFIA
Justiça: O que é fazer a coisa certa?
A primeira teoria identificada nos vídeos foi a do filósofo inglês Jeremy Benthan, nascido em 1748, criador da Teoria do Utilitarismo que defende a idéia de que a coisa certa e justa a fazer é maximizar a utilidade, querendo dizer com “utilidade”, o saldo de prazer sobre dor, de felicidade sobre sofrimento. Benthan chegou a tal raciocínio observando que todos nós, seres humanos, somos regidos por dois senhores soberanos: a dor e o prazer; todos gostamos do prazer e todos detestamos a dor. Diz que a coisa certa a fazer, as leis a serem criadas, tudo deveria ser pensado de forma a maximizar o nível geral de felicidade.
Para o pensador, o princípio mais elevado da moralidade, tanto pessoal quanto político, é maximizar o bem estar geral, ou o saldo geral de prazer sobre a dor. Adere ao pensamento do bem maior para a maioria. Logo, é válido, em sua teoria, sacrificar uma minoria em prol do bem estar e felicidade de uma maioria.
A segunda teoria identificada nos vídeos é de autoria de Emmanuel Kant, que vai contra o que diz Benthan ao afirmar que os senhores soberanos do ser humano não são a dor e o prazer, mas sim a capacidade, e através dela, têm-se a liberdade. Defende que agir livremente é agir de forma autônoma e agir de forma autônoma é agir de acordo com uma lei que eu mesmo estabeleço. Este pensamento vai contra as leis da física e até contra as leis de causa e efeito, pois nelas se incluem os meus desejos, de comer e beber, por exemplo.
Para Kant, o oposto de autonomia é heteronímia, e ele diz que quando eu ajo heteronimicamente, estou agindo d acordo com uma inclinação ou um desejo que eu não escolhi para mim, mas sim o meu corpo, o meu organismo. Assim, a liberdade é a autonomia e esse é o principal pensamento ao qual Kant retorna sempre que possível.
O filósofo nos