Investimentos para Copa
Apesar de esforços para estabelecer um modelo econômico brasileiro de sucesso, não há desenvolvimento que se mantenha sem um sistema de infraestrutura bem planejado, implantado e em constante conservação. No Brasil, há grandes desafios e oportunidades para o desenvolvimento da infraestrutura, mas a questão mais importante e que definirá os resultados é: o País está preparado?
As infra-estruturais podem ser divididas em dois grupos: não econômicas e econômicas. As não econômicas compõem toda a rede social, que inclui educação, saneamento, habitação, meio ambiente, etc. Já as econômicas influenciam diretamente o desenvolvimento do País e incluem setores como transportes, energia e telecomunicações.
Na categoria não econômica, há um passivo histórico no atendimento das necessidades básicas da população, como a infraestrutura de saneamento básico. Dados do IBGE indicam que, em 2008, apenas 55% dos municípios tinham serviço de esgotamento sanitário por rede coletora.
Já nas infra-estruturais econômicas, os investimentos precisam ser feitos para melhorar e expandir capacidades instaladas. Parte do problema decorre da falta de conservação e modernização, que acabaram por sucatear muitas infra-estruturais que precisam ser, em vários casos, totalmente repensadas. Tal cenário representa desafios muito grandes para o País, mas oportunidades igualmente magníficas.
Os investimentos em infraestrutura econômica viabilizam ciclos sustentáveis de desenvolvimento, traduzindo-se em crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A análise de indicadores de países como China, Índia e Coréia do Sul (que respectivamente investem no total, incluindo infraestrutura econômica, 48%, 37% e 28% do seu PIB) sugere uma relação entre crescimento da economia e investimentos em transportes, energia e telecomunicações. O foco dos chineses em modernizar os portos foi fundamental para o aumento de seu comércio exterior, enquanto os investimentos em aeroportos geraram o