Introdução à ciência da socieade
Vimos até agora que o pensamento sociológico, em seu desenvolvimento, abordou níveis diferentes da realidade. O método positivista expôs ao pensamento humano a idéia de que uma sociedade é mais do que a soma de indivíduos, que há normas, instituições e valores estabelecidos que constituem o social. Weber reorganizou os fatos sociais “à luz” da história e da subjetividade do agente social.
A corrente mais revolucionária do pensamento social tanto nas conseqüências teóricas quanto na prática social, é o materialismo histórico de Karl Marx. Marx produziu muito e suas idéias se desdobraram em várias correntes e foram incorporadas por inúmeros teóricos. Com o objetivo de entender o capitalismo, Marx produziu obras de filosofia, economia e sociologia. Sua intenção não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social. Sua obra O capital, destinava-se a todos os homens, não apenas aos estudiosos da economia, da política e da sociedade. Este é um aspecto singular da teoria de Marx: há um alcance mais amplo nas suas formulações, que adquiriram dimensões de ideal revolucionário e de ação política efetiva. As contradições básicas da sociedade capitalista e as possibilidades de superação apontadas pela obra de Marx não puderam, pois, permanecer ignoradas.
Podemos apontar algumas influências básicas no desenvolvimento do pensamento do referido autor: a leitura crítica da filosofia de Hegel, de quem Marx absorveu e aplicou, de modo peculiar, o método dialético. Destacava o pioneirismo dos críticos da sociedade burguesa, mas reprovava o “utopismo” das suas propostas de mudança social. As teorias desenvolvidas tinham como traço comum o desejo de impor de uma só vez uma transformação social total, implantando, assim, o império da razão e da justiça eterna. Nesses sistemas elaborados havia a eliminação do individualismo, da competição e da influência da