INTRODU O

INTRODUÇÃO
Seria desnecessário dizer que farei nesse ensaio etnográfico um breve compendio, isto é, uma analise pormenorizada de um estudo de campo ao qual utilizei como base auxiliar a leitura de teóricos que estudamos na disciplina Métodos e técnicas de pesquisa II, em que estes de forma particular discorrem sobre as suas experiências, dificuldades e os resultados de suas etnografias, seus olhares sociológicos e antropológicos. Desta forma esse ensaio traz um relato de como fiz essa pesquisa, alguns elementos que marcaram minha relação com o universo pesquisado, as interações e jogos, que produzimos ao termos uma observação participante.
Esse esboço e realização de uma pesquisa de cunho etnográfico, que a disciplina nos permitiu realizar, me levou a pensar e ter como objeto de estudo, pessoas que possuem modificações corporais tais como: piercing, tatuagens, escarificação, brands, etc. Pensando o corpo como diria Foucault, ele (o corpo) é onde as ações sociais são escritas; como também imaginando que exista uma normose, digo uma obsessão doentia por ser normal, sendo essa doença da “normalidade” um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social.
Dentre as varias hipóteses que durante minha pesquisa eu tento levantar, e entender, são em principio para entender como este grupo que investigo, veem essas modificações, se como arte ou como afirmação de uma identidade, e se estas podem de alguma forma e em certos circuitos funcionarem como símbolo de aceitação para o determinado grupo e significação pessoal, como também as pessoas que não possuem modificações as percebem. Assim espero que esse pequeno texto seja esclarecedor em suas poucas paginas.
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES (O grupo e seu espaço físico)
Antes de iniciar diretamente os relatos que trago nesse pequeno ensaio etnográfico, confesso que assim como o Malinowski ao desembarcar em Trobriand, eu fiquei a me questionar sobre o eventual ''sucesso" desse trabalho, sucesso no sentido de conseguir