Introdu O
O Microscópio Óptico (MO) é utilizado para observar as microestruturas dos materiais e caracterizá-las, sistemas ópticos e de iluminação são a base de seu funcionamento, respondendo bem para observação de características visíveis a um aumento inferior a duas mil vezes. Para materiais opacos apenas a superfície do material é observada, sendo assim deve-se utilizar a luz no modo refletivo, as diferentes reflexões da luz incidente nas regiões do material produz contrastes que podem assim ser observados no microscópio. [1] [2]
Para uma boa observação o material deve passar por um processo de preparação que permita as diferentes respostas a luz de uma maneira que as características fiquem mais claras, esse processo é chamado de matalografia ou ceramografia abordado mais a diante nesta disciplina. [1] [2]
Sabe-se que a visão do MO abrange as três dimensões, quando se trata da profundidade percebe-se que é muito limitada, isso porque a profundidade de campo do aparelho é muito pequena chegando a 5 micrometros para um aumento de 20 vezes e diminuindo para maiores aumentos, sendo assim somente os planos localizados dentro dessa profundidade são focados, os que se localizam a cima ou abaixo não obtém mesmo foco, esse é um dos motivos que motivaram o surgimento de outros microscópios que permintem uma melhor observação nesse sentido. [1] [2]
A microestrutura de materiais policristalinos cerâmicos e metálicos é formada por pequenos cristais ou grãos, o que gera o surgimento desses grãos são as diferentes orientações das estruturas cristalinas em cada grão adjacente. A superfície que divide um grão do outro é denominada contorno de grão, nele os átomos se encontram em distâncias diferentes causando tensões de tração e compressão. [1] [2]
As propriedades dos materiais que apresentam grãos estão diretamente ligadas ao seu tamanho, nos metais, por exemplo, ao reduzir-se o tamanho do grão as discordâncias serão bloqueadas pelos contornos elevando a resistência do