Intervenções urbanas
Bangkok é uma jovem cidade de 230 anos e futuramente vai ser tornar uma das metrópoles mais importantes da Ásia. Ela não é organizada de acordo com um ou vários centros, suas funções estão espalhadas de forma homogênea ao longo da cidade, tudo pode ser encontrado em toda parte.
Para entendermos a organização não centralizada de Bangkok temos que olhar para sua rede de agua. Sua organização está diretamente ligada ao solo da cidade, ela está situada sob uma planície inundada com agua 30 centímetros abaixo do solo, antes da primeira ocupação desse território, todo um sistema de drenagem d’agua tinha que ser criado. Canais de grande porte foram escavados perpendiculares ao rio Chao Phraya, ligados a uma complexa rede de drenagem, unindo todo o território esses canais deram origem a malha urbana e de infra estrutura básica da cidade. (BORID; WUTHRICH, 2007).
Figura 1 – Rede de agua e Ruas
Fonte: Borid, Wuthrich (2007, P.13) Com uma população de 6,5 milhões de habitantes, Bangkok é um exemplo de cidade que injeta maior volume de investimentos em transportes nos veículos motorizados particulares. É a maior cidade Asiática em número de veículos privados, sendo a maior parte deles motocicletas, e a cidade sofre com congestionamentos imensos, a maior causa disso é justamente a falta de vias e avenidas suficientes para atender a demanda diária de automóveis e motocicletas, o que na verdade deveria ser explicado pela falta de incentivo e investimentos por parte do pode publico com relação a transportes públicos de qualidade.
A solução dada para o problema de congestionamentos por parte do governo foi a construção das “expressways”, que nada mais são do que vias elevadas que vencem grandes distancias dentro do perímetro urbano. As expressways dividiram bairros da cidade, cujas partes separadas passaram a não se conectar como antes, além dos espaços sobre essas estruturas elevadas, que passaram a ser “terras de ninguém”, ou seja, espaços subutilizados. O