INTERVENÇÃO DO PSICOPEDAGOGO PARA COMBATER O FRACASSO ESCOLAR
Há anos discute-se sobre as dificuldades de aprendizagem e consequentemente o fracasso escolar. Até a década de 80 as dificuldades eram atribuídas às características do aluno, de seu meio familiar e social, estes eram o foco das investigações sobre questões de aprendizagem. Após esta época houve um deslocamento da atenção para questões intrapsíquicos dos alunos e suas famílias, desconsiderando o ambiente escolar e seus acontecimentos, mas a escola faz parte da formação do indivíduo.
Desta forma é impossível pensar em questões escolares ou mesmo dificuldades de aprendizagem sem contemplar sua participação neste processo. Impossível intervir na família e diretamente com o aluno que apresente qualquer tipo de dificuldade na aprendizagem, desconsiderando o ambiente de aquisição de conhecimento. É inevitável conhecer sua localização na sala, verificar se sua sala sofreu com trocas de professores durante o ano letivo, se é frequente a falta de professores, entender junto à escola e a família o momento em que perceberam o início dificuldade. Através do educador e mesmo com a escola identificar se há valorização do profissional, as relações presentes entre educadores, com a coordenação, ou seja, compreender as relações afetivas presentes na relação dos envolvidos.
A proposta aqui se faz em pensar todas as relações vivenciadas pelo aluno, conhecer suas potencialidades, acreditando que o investimento nas mesmas pode modificar a situação, para que o educando possa ocupar o lugar daquele que “deseja” aprender.
Através do levantamento bibliográfico pretende-se discutir as relações desenvolvidas no ambiente escolar e as possíveis dificuldades que educadores vivenciam. Compreender a construção do fracasso escolar. Refletir como o psicopedagogo clínico pode dirimir as questões pertinentes às dificuldades de aprendizagem.
Berger & Luckmann (1995) afirmam que para se tornar humano é preciso se relacionar com seus semelhantes, partindo desta perspectiva não é