INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - AS IRMÃS LOBO
Antigamente, para muitos estudiosos as "crianças selvagens" também eram vistas como crianças que jamais aprenderiam a falar e teriam sido abandonadas pela família por serem portadoras de deficiências mentais ou por sofrerem de algum defeito congênito e por essa razão, freqüentemente seriam abandonadas ao invés de receber tratamento.
As crianças encontradas vivendo entre os animais são antes de tudo, exceções biológicas e fruto de um destino incomum.
Casos de uma incrível adaptação de seres humanos que foram capazes de sobreviver entre indivíduos de uma outra espécie, assimilando um comportamento, postura e expressão que os diferem de seus semelhantes.
Normalmente, eles apresentam um comportamento totalmente “animal”, sem nenhum traço que permita lembrar que são seres humanos, até mesmo qualquer sinal de afetividade. Uma das histórias mais bem documentadas envolvendo "crianças lobo" é a de duas meninas completamente selvagens, resgatadas por uma expedição que massacrou os lobos com quem elas viviam, perto de um vilarejo no norte da Índia, em 1920.
O comportamento das duas crianças causou espanto, pois quando foram encontradas, as meninas não sabiam andar sobre os pés, mas se moviam rapidamente de quatro. É claro que não falavam e seus rostos não tinham nenhum tipo de expressão. Queriam apenas comer carne crua, tinham hábitos noturnos, repeliam o contato com os seres humanos e preferiam a companhia dos lobos.
Amala, a menina mais nova, parecia ter um ano e meio e morreu pouco menos de um ano depois. Kamala, a outra irmã, tinha por volta de oito anos quando foi encontrada e sobreviveu por nove anos, morrendo no ano de 1929.
A evolução de Kamala, registrada pelo casal de missionários que cuidava dela em um orfanato, foi