interpretação charge
O texto constante na imagem nos remete ao comportamento polêmico adotado pelo Deputado Marco Feliciano, cuja atitude não se conforma com o cargo por ele ocupado. Porém é preciso ressaltar que ele não é o único protagonista, pois é possível afirmar que a bancada religiosa é maioria na Casa Legislativa. Temas como aborto, controle de natalidade, adoção por casais gays não avançam devido à atuação da bancada religiosa.
Em que pese a Constituição Federal garantir direitos fundamentais tais como a igualdade entre cidadãos, vemos representantes do povo com posicionamento que negam tal igualdade confundindo igreja com Estado ou vice-versa.
Vivemos num país laico, ou seja, todos tem o direito de professar uma crença ou até mesmo de não professar crença alguma, mas quando um Deputado propõem projetos de lei com teor religioso esse direito é violado rejeitando anos de evolução.
O Deputado possui, como todos os cidadãos, direito de expressão, porem lhe é vedado quando da atuação parlamentar afrontar os preceitos constitucionais fundamentais de todo cidadão. Ao usar fundamentos religiosos para segregar direitos de minoria ele deslegitima o Estado, tornando a democracia vulnerável.
Atitudes assim nos demonstram que a democracia é ainda criança no Brasil, pessoas com ideais fundamentalistas impedem que ela alcance a plenitude. Isso é visível quando o Deputado-pastor se posiciona contrário ao casamento civil de pessoas do mesmo sexo, ele não consegue separar igreja do Estado, que são situações diversas, pois a Entidade Religiosa não será obrigada a realizar casamento religioso entre pessoas do mesmo sexo.
Destaca-se que a finalidade da regulamentação do casamento entre pessoas do mesmo sexo advêm de uma função do Estado que é a de regulamentar os fatos existentes na sociedade (convivência entre pessoas do mesmo sexo já existe e precisa de leis que tratam de temas como sucessão, partilha de bens, etc). Não é afronta á família, pois hoje vigora o conceito amplo