Interiorização Transcendente
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Interiorização transcendente A partir das aulas da disciplina Construção do Pensamento Psicológico e do filme Pi, que traz a busca incessante de um matemático por uma sequência de números para todos os fenômenos universais, com o intuito de acabar com o caos, porém apenas encontra mais desordem; a trama apresenta também de forma explicita o comportamento obsessivo e paranóico do protagonista. Observa-se que há relação entre o filme e o que foi apresentado durante as aulas, como: a busca do ordenamento divino que purifique a existência, ou seja, a "criação" de uma mesma imagem do objeto por todos os sujeitos, sendo assim possível alcançar a verdade absoluta, criando uma sistematização. O filme mostra também o criticismo do personagem, através da possibilidade de conhecimento e existência da verdade, no caso, do número de duzentos dígitos, ou então o mesmo nega-se a atender o telefone, demonstrando assim a fuga dos problemas, entre eles, o pragmatismo, que colocaria suas descobertas como evidentes incertezas, assim como a relação com os vizinhos que retratam o limite humano, são "comuns", em relação ao protagonista. Vale ressaltar a apresentação subjetiva da sociedade, enquanto Max Cohen tenta provar cientificamente uma ordem da mesma. Porém sabe-se que ela não existe graças a privatização das especialidades, sentimentos, assim não há uma constância no sujeito da mesma forma que pensa-se existir no objeto, mas que perde-a, quando acaba por modificar tornando-se imagem. Pode-se pensar em uma crise social considerando os efeitos do número pi, caminhando para uma reflexão moral, na qual adquiri-se novas experiências e perde-se referências, o filme apresenta essa crise como uma resistência à realidade, e, além disso, uma disputa de poder, em que a verdade tem necessidade em ser absoluta, sendo possível encontrar relação entre o filme e a metafísica a partir do momento que todos os personagens buscam a essência última da natureza do universo em aspectos